Chegou a estação do ano em que os limpadores de para-brisa são mais testados. A frequência das chuvas promete aumentar, o que exige ainda mais o seu uso, e o tempo mais quente costuma ressecar as borrachas. A troca da peça, que deve ser feita pelo menos uma vez por ano, tem de ser antecipada nesses casos.
“A maior incidência de raios UV pode afetar a composição da borracha e diminuir sua durabilidade”, afirma o chefe de trade marketing da divisão de automotivos da Robert Bosch, Horácio Meza.
‘SINTOMAS’
As palhetas e limpadores dão sinais de que precisam ser trocadas. “Os principais são o vidro cheio de riscos e o excesso de barulho, que significa o desgaste da peça”, explica o consultor técnico da rede Oficina Brasil, Antônio Cesar Costa.
Porém, para o diretor do Sindirepa, o sindicato das reparadoras, Antônio Gaspar de Oliveira, esses sinais são percebidos sempre na última hora. “O motorista só aciona os limpadores quando é necessário, ou seja, durante uma chuva forte. Aí o risco que se corre é sério.”
CUIDADOS
As precauções com a peça devem começar com a mistura que vai no reservatório. “Não adicione qualquer produto. Há detergentes específicos para essa função”, diz Oliveira.
Outro cuidado é na hora de limpar a peça. “Quando for lavar o carro, a limpeza das lâminas de borracha deve ser feita somente com pano umedecido em água, nunca com querosene ou outros produtos químicos”, aconselha Meza.
Antes de realizar a substituição da peça, os especialistas consultados recomendam uma “mini revisão” que inclui verificações mecânicas, como a condição do motor e o braço do limpador e se o esguichador está desobstruído e corretamente posicionado.
Oliveira ressalta que realizar uma checagem semanal da peça pode evitar grandes dores de cabeça. “Na garagem, acione o esguicho e os limpadores. E ao notar qualquer anormalidade como ruídos e falhas na limpeza, providencie a troca”, diz o especialista.