A Fiat caminha a passos largos para ter uma gama de modelos enxuta no Brasil. Idea, Bravo e Linea já são mortos-vivos, que aguardam apenas o fim dos estoques para se despedirem oficialmente. De acordo com o Autos Segredos, quem se junta a esta turma agora são o 500 e o Freemont: ambos deixaram de ser importados e o culpado disso seria o dólar.
Mesmo pagando menos impostos por virem do México, o preço final dos dois modelos era pouco competitivo. O mesmo Fiat 500 que chegou a custar R$ 39.990 em 2011 está tabelado em R$ 56.900 hoje. Já o Freemont, que chegou em 2011 com preço inicial de R$ 81.600, hoje é tabelado em R$ 109.500. Há quem diga que o Freemont só era mantido em linha para servir de degrau para o Dodge Journey, que em vez do motor 2.4 de 173 cv usa o V6 3.6 Pentastar de 294 cv e custa R$ 119.900 (mesmo preço do Freemont mais completo).
O Fiat 500 foi lançado no Brasil em 2009 importado da Polônia. Com suspensão mais firme e motor 1.4 16V, é mais caro de manter e é um pouco rejeitado no mercado de usados. Mas em 2011 passou a vir do México e ganhou a versão de entrada Cult com motor 1.4 8V comum a outros carros da marca. Completo, com direito a controles de tração e estabilidade, tinha ótima relação custo-benefício. E tinha muito estilo também.
Ainda hoje o Freemont era o SUV de sete lugares mais em conta do mercado. Mesmo assim, seus números de venda estavam cada vez mais distantes do recorde de 2012, quando teve 11.330 unidades vendidas – praticamente metade de todos que foram vendidos de 2011 a 2015.